Vamos falar de marketing para a Geração Z?
Planejamento

Vamos falar de marketing para a Geração Z?

Há algum tempo venho reparando que o foco das pesquisas, posts e publicações estavam com o foco na geração “errada”. Enquanto membro da turma Millennial, entendia a necessidade de se compreender como uma nova geração estava encarando as relações de trabalho e consumo, visto que tivemos diversas disrupções tecnológicas nas últimas décadas. Mas nos últimos cinco anos estamos vendo uma nova geração crescer e entrar no mercado de trabalho. Então, está mais que na hora de falar de marketing para a Geração Z.

Tenho participado de algumas aulas da graduação (Olá, mestrado!) e, apesar dos pouco mais de 10 anos que nos separam, vejo o quanto o mundo é diferente para essa geração. Para começar, eles nasceram nos anos 2000 (ou talvez 1998 rs), quer dizer, a internet estava começando a se popularizar. Baixávamos canções no Napster, KazaA ou Emule, conversávamos horas via ICQ ou MSN. A geração Z era bebê nesse período, ok. Mas aí você imagina: aos sete anos, eles poderiam ter aprendido a ler e escrever, e ter uma conta no Orkut ou Facebook. Já consideravam o MySpace obsoleto. Aos doze anos, o smartphone já começava a se popularizar, além te Facebook, já havia Twitter, a banda larga permitia baixar torrent e o YouTube despontava como um canal para produtores de conteúdo.

Então, para pensar estratégias de vendas e marketing para a geração Z precisa levar em consideração todas essas mudanças. Essa nova geração é bastante ligada em vídeos, todos têm seu youtuber favorito. Também é uma geração que recorre ao streaming mais frequentemente, seja para ouvir música, ver filmes e seriados ou vídeos de qualquer espécie. Pra esse grupo, YouTube também é lugar de estudar. O que também significa que muitos têm ou terão profissões multidisciplinares, mais fluidas e em que muito foi aprendido pela própria internet.

Estratégias de Marketing para a Geração Z

Num primeiro olhar, esta é uma geração que tem relações diferentes que as anteriores com a ideia de privacidade. Enquanto para os mais velhos dar o número do telefone indica alguma intimidade, para esta geração o primeiro contato é uma troca de “whatsapp”. Mas não espere uma ligação. Podem ser trocados mensagens de áudio, vídeos e fotos. Mas ligar é “chato”. Crescer em meio a mídias sociais, aparatos tecnológicos, câmeras fotográficas à disposição (e sem se preocupar com quantas fotos pode fazer) e muita mobilidade, faz dessa turma mais exigente.

Um conteúdo que atraia a geração Z deve falar de causas específicas ou ter um propósito – ainda que fazer graça seja o objetivo. Aposte em vídeos, formato perfeito para essa galera. Seja no YouTube – vídeos de até 10 minutos -, seja no Instagram como stories. Gifs também são formatos queridinhos, tente incorporar os memes do momento ou desenvolva micro-vídeos para a sua marca. O mais importante é não exagerar na repetição das propagandas. O impacto deve estar no formato e mensagem e não na quantidade de vezes que um anúncio aparece.

Quando for planejar ações de marketing para a geração Z, lembre-se que eles recorrem à mídias como o Youtube para desestressar, o que justifica (em partes) o sucesso dos conteúdos de humor. Outro aspecto interessante é o compartilhamento de vídeos. Pode ser entre os jovens, com seus pais ou outros adultos. Os vídeos podem ajudar a explicar situações que os jovens estão vivendo, por exemplo. Nessas horas, causas e interesses surgem. Seja racismo, feminismo ou a comunidade LGBT+, o que essa geração está passando não difere das demais, estão buscando seu lugar no mundo. Talvez só os meios com os quais cheguem lá estejam diferentes.

Pós-graduada em marketing digital, trabalho no mercado há 06 anos. No momento sou responsável por monitoramento e métricas na Wide Comunicação Expandida, mas já trabalhei como produtora de conteúdo, planejamento, SAC e community manager.